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Reportagem de rádio discute questão que gera polêmica no Brasil: a permissão para que homens homossexuais doem sangue

Pauta e reportagem: Marcos Gonçalves e Stéffane Leão

Apoio técnico: Rafael Cavalcanti e Eudis Silva

Orientação: Prof. Igor Savenhago

Foto acima::Banco de imagens

Produzida como exercício da disciplina de Técnicas de Vídeo e Áudio, a reportagem aborda a polêmica relacionada à restrição da doação de sangue por homens que tiveram relações sexuais com outros homens num período que não seja maior que 12 meses.

No Brasil, existem duas portarias que restringem a doação de sangue nesse caso. A principal delas é a de n° 2712, de 12 de novembro de 2013, que segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientam os hemocentros que a orientação sexual não deve ser utilizada como fator de exclusão de candidatos que se apresentam para a doação de sangue. Mas, quando se fala especificamente de homens gays nessa condição de ter mantido relação com outros homens há menos de um ano, as normas ainda bloqueiam o ato.

Com a restrição em vigor, os hemocentros são, então, autorizados a rejeitar quem se encaixa nesse perfil. Nesses casos, o Ministério da Saúde e a Anvisa afirmam que a população gay masculina é um “grupo de risco” para a transmissão de vírus como a HIV e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Os riscos, de acordo com esses mesmos órgãos, são menores para as mulheres gays ou heterossexuais.

Isso gera insatisfações, principalmente entre gays que querem se tornar doadores. Sob a alegação de que, atualmente, as formas de prevenção são suficientes para evitar a transmissão em qualquer relação sexual, muitos cobram mudanças nas leis.